domingo, 24 de julho de 2016

Os últimos acontecimentos fervilhavam em minha cabeça! Foi tudo tão rápido e intenso, que eu tinha receio de que iria acordar a qualquer momento, e que tudo não haveria passado de um sonho. Mas minha bunda dolorida me fazia lembrar que tudo havia sido muito real. Todas as sensações estavam muito vivas em minha memória e em meu corpo, e tudo o que eu mais desejava era reviver tudo novamente, o frio na barriga, o medo, a excitação! E o prazer que tudo isso estranhamente me causava!
Nos veríamos novamente no meio da semana, ainda iríamos combinar pois tanto ele quanto eu tínhamos nossos compromissos. E o que ele menos desejava era causar qualquer problema para mim. Mas minha ansiedade em vê-lo era tão grande, que eu pouco me preocupava com o restante da minha vida, só queria vê-lo novamente.
Havíamos combinado que ele ligaria, e que eu iria esperar o telefonema, mas a ansiedade não permitiu.
Ainda eram 10h da manhã do domingo  e eu já havia feito uma longa caminhada pelo bairro, lavado o quintal e arrumado minhas gavetas. Fiz tudo isso tentando desviar o foco dos meus pensamentos que pareciam presos em tudo o que eu havia vivido no dia anterior.
As mãos pesadas dele em meu corpo, segurando meus braços e me colocando de bruços em seu colo, o medo e a excitação, a dor. A dor que eu ainda sentia ao sentar e que me fazia estremecer de prazer.
Não aguentei e antes do almoço liguei para ele.

- Thiago, oi tudo bem?
- Bom dia Beatriz, estou ótimo! E você? Dormiu bem?
- Sim!
Que mentira, dormi muito mal, acordando de hora em hora e demorando uma eternidade para voltar a dormir.
- Você é mesmo uma mocinha um tanto ansiosa, lembra que disse que eu ligaria para você?
- Desculpa, te atrapalhei em algo?
- Não, apenas estou observando seu comportamento, e tenho notado que você ou não presta muita atenção no que digo, ou é ansiosa demais para esperar.
- Sou ansiosa, muito! Confesso!
- Ok, com o tempo iremos trabalhar nisso. O que pretende fazer o resto do dia?
- Não tenho nada programado.
- Ótimo, que tal me acompanhar numa livraria, preciso comprar uns livros, e depois podemos tomar um café e conversar um pouco, o que acha?
- Perfeito!

Almocei com minha família e logo fui me arrumar para encontrar o Thiago. Fiquei em dúvida sobre o que vestir, troquei de roupa umas cinco vezes, e nada parecia me agradar. Até que desisti e optei para o básico jeans e blusinha.
Minha mãe entrou no quarto enquanto eu me maquiava.
- Vai sair Beatriz?
- Vou sim mamãe, encontrar com um amigo, mas volto cedo.
- Hum amigo, sei!
- Amigo sim, ao menos por enquanto!
Minha mãe sorriu e disse:
- Aproveite minha filha, os anos voam e você está na melhor fase da vida. Só tome muito cuidado com quem se envolve, tente não arrumar problemas para o seu coração.
- Tá certo mamãe, fique tranquila que se tudo continuar correndo bem, em breve lhe apresente este amigo. Dei um beijo nela e me despedi.

A livraria ficava bem perto da minha casa, então fui à pé. No caminho eu sentia meu estômago embrulhar, era a ansiedade. Eu me sentia muito agitada ao lembrar do que havia acontecido, e um tanto envergonhada.
Logo cheguei na livraria, e ele já estava lá. Observei ele de longe, estava distraído folheando um livro. Fiquei por alguns minutos ali parada, pensando no quanto ele parecia ser uma pessoa comum, mas o quanto ele era surpreendente e diferente dos outros homens com quem eu havia me relacionado. Tudo bem que eu não tinha uma grande experiência, havia me relacionado mais seriememte apenas com uma pessoa. Mas ele era realmente diferente.
Resolvi me aproximar já que ele não parecia ter notado minha presença.
- Livro interessante?
- Ah sim, bastante! Não a vi chegar.
Ele largou o livro e me abraçou. Passou as mãos pelos meus cabelos e me deu um beijo.
- Gosta de ler Beatriz?
- Depende do livro, alguns me inspiram, outros me dão preguiça.
Ele sorriu.
- Adoro essa sua sinceridade.
- Ah , é verdade! Não vou bancar a intelectual e dizer que gosto de todos os livros, tem alguns bem chatos.
- Bem, mas não é o caso deste, era ele que eu estava procurando.
Ele pagou o livro e saímos caminhando pela rua meio sem rumo, ele estava me contando as novidades do trabalho com empolgação, um projeto que há muito ele queria implantar com os alunos finalmente estava saindo do papel e ele estava realmente feliz com isso.
- E você Bia, vou te chamar assim ok? Quais são seus planos quanto à faculdade, trabalho?
- Trabalho está complicado conseguir, quando veêm que estou cursando psicologia as empresas não contratam por saberem que certamente vou buscar algo na minha área assim que me formar. E estágio, ou é não remunerado ou pagam uma miséria, acabo desanimando de procurar.
- Mas não pode! Envie seu currículo no meu e-mail, vou dar uma olhada nele e ver se tem algum ponto a melhorar. E a senhorita precisa fazer alguma atividade extra-curricular, não pode se acomodar apenas com a faculdade. Faculdade te direciona ao conhecimento, mas é a prática que vai trazer aprendizado real e experiência.
- Eu sei, vou continuar procurando.
- A faculdade não oferece nenhum tipo de atividade extra-curricular? Eles não oferecem atendimento à população, não mantém nenhum tipo de ambulatório ou trabalho voluntário?
- Ah, até tem, mas não tenho muita vontade de participar não.
- Então amanhã mesmo você irá procurar os responsáveis e vai ver o que precisa fazer para participar.
- Ah Thiago, não to afim não!
- Dona Beatriz, não estou perguntando se a senhorita está afim, estou dizendo que amanhã você IRÁ verificar o que é preciso para participar, e vai me informar! Isso não é um pedido, é uma ORDEM! Entendeu?
Respirei fundo e concenti com a cabeça, não tive coragem de contrariar.
Ele parou na minha frente segurou meu queixo levantando minha cabeça.
- Quero que diga olhando nos meus olhos que entendeu.
- Entendi!
- Entendi sim Senhor! Repita!
- Entendi sim Senhor!
- Pense Beatriz, é muito mais fácil você conseguir um bom estágio na sua área se você já estiver atuando nela, mesmo que como voluntária.
A ideia de trabalhar novamente como voluntária não me agradava nem um pouco, preferia ocupar meu tempo livre assistindo séries ou fazendo qualquer outra coisa, que trabalhar de graça. Sou do tipo de pessoa que não consegue disfarçar quando está aborrecida com algo, então ele logo notou que eu não havia gostado nada da ideia.
- Vamos menina, tire esse bico antes que eu arrume um motivo real pra ele! Estou pensando no seu currículo, coisa que a senhorita deveria fazer.
- Tá bom, não gostei da ideia mas vou me esforçar para fazer o que você mandou.
- Muito bem! À propósito, quero que daqui em diante me chame de senhor quando estivermos só nós dois.
Eu achava um pouco estranho chamá-lo de Senhor, mas a ideia me excitava.
-Sim Senhor.
-Ótimo, que tal irmos para minha casa? Sei que a ideia era irmos tomar um café, mas gostaria de lhe mostrar algo.
- Tenho escolha?
Perguntei sorrindo. E ele respondeu com um lindo sorriso também.
-Não!

Ansiedade

Os últimos acontecimentos fervilhavam em minha cabeça! Foi tudo tão rápido e intenso, que eu tinha receio de que iria acordar a qualquer momento, e que tudo não haveria passado de um sonho. Mas minha bunda dolorida me fazia lembrar que tudo havia sido muito real. Todas as sensações estavam muito vivas em minha memória e em meu corpo, e tudo o que eu mais desejava era reviver tudo novamente, o frio na barriga, o medo, a excitação! E o prazer que tudo isso estranhamente me causava!
Nos veríamos novamente no meio da semana, ainda iríamos combinar pois tanto ele quanto eu tínhamos nossos compromissos. E o que ele menos desejava era causar qualquer problema para mim. Mas minha ansiedade em vê-lo era tão grande, que eu pouco me preocupava com o restante da minha vida, só queria vê-lo novamente.
Havíamos combinado que ele ligaria, e que eu iria esperar o telefonema, mas a ansiedade não permitiu.
Ainda eram 10h da manhã do domingo  e eu já havia feito uma longa caminhada pelo bairro, lavado o quintal e arrumado minhas gavetas. Fiz tudo isso tentando desviar o foco dos meus pensamentos que pareciam presos em tudo o que eu havia vivido no dia anterior.
As mãos pesadas dele em meu corpo, segurando meus braços e me colocando de bruços em seu colo, o medo e a excitação, a dor. A dor que eu ainda sentia ao sentar e que me fazia estremecer de prazer.
Não aguentei e antes do almoço liguei para ele.

- Thiago, oi tudo bem?
- Bom dia Beatriz, estou ótimo! E você? Dormiu bem?
- Sim!
Que mentira, dormi muito mal, acordando de hora em hora e demorando uma eternidade para voltar a dormir.
- Você é mesmo uma mocinha um tanto ansiosa, lembra que disse que eu ligaria para você?
- Desculpa, te atrapalhei em algo?
- Não, apenas estou observando seu comportamento, e tenho notado que você ou não presta muita atenção no que digo, ou é ansiosa demais para esperar.
- Sou ansiosa, muito! Confesso!
- Ok, com o tempo iremos trabalhar nisso. O que pretende fazer o resto do dia?
- Não tenho nada programado.
- Ótimo, que tal me acompanhar numa livraria, preciso comprar uns livros, e depois podemos tomar um café e conversar um pouco, o que acha?
- Perfeito!

Almocei com minha família e logo fui me arrumar para encontrar o Thiago. Fiquei em dúvida sobre o que vestir, troquei de roupa umas cinco vezes, e nada parecia me agradar. Até que desisti e optei para o básico jeans e blusinha.
Minha mãe entrou no quarto enquanto eu me maquiava.
- Vai sair Beatriz?
- Vou sim mamãe, encontrar com um amigo, mas volto cedo.
- Hum amigo, sei!
- Amigo sim, ao menos por enquanto!
Minha mãe sorriu e disse:
- Aproveite minha filha, os anos voam e você está na melhor fase da vida. Só tome muito cuidado com quem se envolve, tente não arrumar problemas para o seu coração.
- Tá certo mamãe, fique tranquila que se tudo continuar correndo bem, em breve lhe apresente este amigo. Dei um beijo nela e me despedi.

A livraria ficava bem perto da minha casa, então fui à pé. No caminho eu sentia meu estômago embrulhar, era a ansiedade. Eu me sentia muito agitada ao lembrar do que havia acontecido, e um tanto envergonhada.
Logo cheguei na livraria, e ele já estava lá. Observei ele de longe, estava distraído folheando um livro. Fiquei por alguns minutos ali parada, pensando no quanto ele parecia ser uma pessoa comum, mas o quanto ele era surpreendente e diferente dos outros homens com quem eu havia me relacionado. Tudo bem que eu não tinha uma grande experiência, havia me relacionado mais seriememte apenas com uma pessoa. Mas ele era realmente diferente.
Resolvi me aproximar já que ele não parecia ter notado minha presença.
- Livro interessante?
- Ah sim, bastante! Não a vi chegar.
Ele largou o livro e me abraçou. Passou as mãos pelos meus cabelos e me deu um beijo.
- Gosta de ler Beatriz?
- Depende do livro, alguns me inspiram, outros me dão preguiça.
Ele sorriu.
- Adoro essa sua sinceridade.
- Ah , é verdade! Não vou bancar a intelectual e dizer que gosto de todos os livros, tem alguns bem chatos.
- Bem, mas não é o caso deste, era ele que eu estava procurando.
Ele pagou o livro e saímos caminhando pela rua meio sem rumo, ele estava me contando as novidades do trabalho com empolgação, um projeto que há muito ele queria implantar com os alunos finalmente estava saindo do papel e ele estava realmente feliz com isso.
- E você Bia, vou te chamar assim ok? Quais são seus planos quanto à faculdade, trabalho?
- Trabalho está complicado conseguir, quando veêm que estou cursando psicologia as empresas não contratam por saberem que certamente vou buscar algo na minha área assim que me formar. E estágio, ou é não remunerado ou pagam uma miséria, acabo desanimando de procurar.
- Mas não pode! Envie seu currículo no meu e-mail, vou dar uma olhada nele e ver se tem algum ponto a melhorar. E a senhorita precisa fazer alguma atividade extra-curricular, não pode se acomodar apenas com a faculdade. Faculdade te direciona ao conhecimento, mas é a prática que vai trazer aprendizado real e experiência.
- Eu sei, vou continuar procurando.
- A faculdade não oferece nenhum tipo de atividade extra-curricular? Eles não oferecem atendimento à população, não mantém nenhum tipo de ambulatório ou trabalho voluntário?
- Ah, até tem, mas não tenho muita vontade de participar não.
- Então amanhã mesmo você irá procurar os responsáveis e vai ver o que precisa fazer para participar.
- Ah Thiago, não to afim não!
- Dona Beatriz, não estou perguntando se a senhorita está afim, estou dizendo que amanhã você IRÁ verificar o que é preciso para participar, e vai me informar! Isso não é um pedido, é uma ORDEM! Entendeu?
Respirei fundo e concenti com a cabeça, não tive coragem de contrariar.
Ele parou na minha frente segurou meu queixo levantando minha cabeça.
- Quero que diga olhando nos meus olhos que entendeu.
- Entendi!
- Entendi sim Senhor! Repita!
- Entendi sim Senhor!
- Pense Beatriz, é muito mais fácil você conseguir um bom estágio na sua área se você já estiver atuando nela, mesmo que como voluntária.
A ideia de trabalhar novamente como voluntária não me agradava nem um pouco, preferia ocupar meu tempo livre assistindo séries ou fazendo qualquer outra coisa, que trabalhar de graça. Sou do tipo de pessoa que não consegue disfarçar quando está aborrecida com algo, então ele logo notou que eu não havia gostado nada da ideia.
- Vamos menina, tire esse bico antes que eu arrume um motivo real pra ele! Estou pensando no seu currículo, coisa que a senhorita deveria fazer.
- Tá bom, não gostei da ideia mas vou me esforçar para fazer o que você mandou.
- Muito bem! À propósito, quero que daqui em diante me chame de senhor quando estivermos só nós dois.
Eu achava um pouco estranho chamá-lo de Senhor, mas a ideia me excitava.
-Sim Senhor.
-Ótimo, que tal irmos para minha casa? Sei que a ideia era irmos tomar um café, mas gostaria de lhe mostrar algo.
- Tenho escolha?
Perguntei sorrindo. E ele respondeu com um lindo sorriso também.
-Não!