terça-feira, 11 de agosto de 2015

As primeiras palmadas

Os dias passaram rápido, e eu mal conseguia conter minha ansiedade, aliás a ansiedade tinha se tornado minha fiel companheira desde que tudo isso começou.
Nos falamos todos os dias durante a semana que se passou, e eu já estava começando a me sentir um pouco mais à vontade. Ele não era o tipo de pessoa que se limitava a falar apenas de BDSM, e isso me agradava muito pois permitia com que nos conhecêssemos melhor.
Combinamos que no sábado nos encontraríamos no shopping e que lá decidiríamos qual seria o nosso destino.
O sábado chegou, e lá fui eu encontrar o Thiago. E desta vez me vesti de acordo com meus gostos sem receio dele achar estranho. Coloquei um vestido xadrez e uma sapatilha, prendi os cabelos num rabo de cavalo. Me olhei no espelho e não parecia ter mais de 18 anos jamais, perfeito!
Quando cheguei ele abriu um sorriso enorme, um sorriso lindo cativante!
- Beatriz, meu Deus como você está linda!
- Obrigada!
- Cadê meu abraço?
Desta vez joguei-me em seus braços sem inseguranças, e ele me abraçou forte levantando-me do chão.
- Estava com saudades Beatriz, não sabe como fico feliz em tê-la em meus braços!
- Também senti saudades, já sabe onde iremos?
- Tenho uma proposta, mas quero que você aceite só se realmente se sentir à vontade para isso!
- E qual a proposta?
- Quero te levar pra minha casa, te apresentar um pouco do meu universo de perto. Aceita?
Eu já previa que esta fosse a proposta, e já tinha pensado na resposta.
- Sim, aceito! Quero conhecer o Thiago mais de perto!
Disse isso e os olhos dele brilharam!
Fomos para o carro e seguimos para sua casa, na verdade apartamento. Ele morava num prédio em um bairro próximo dali.
O apartamento era bonito, decorado com muito bom gosto nem parecia que ali morava um homem sozinho, tudo muito bem organizado.
- Nossa, lindo seu apartamento!
- Modéstia á parte tenho bom gosto! Fique á vontade vou pegar algo para bebermos.
Fiquei ali na sala olhando a enorme estante de livros. Ele realmente gosta de ler, havia livro dos mais diversos assuntos, de engenharia da informação à filosofia.
- Não vá bagunçar meus livros hein mocinha!
Levei um susto, achei que ele ainda estava na cozinha!
- Não é má ideia!
Ele deu um sorriso e balançou a cabeça.
- Venha tomar este suco comigo!
Devolvi o livro na estante e fui tomar o suco.
- Notei que você está menos tensa, mais solta, estou gostando de ver!
- Você está conquistando minha confiança, e está me fazendo me sentir segura.
- Me conquistou também, alias acho que me conquistou naquele dia na sala dos professores. Foi a partir dali que desejei ter você em meus braços, para cuidar, amar e disciplinar.
A última palavra fez me sentir inquieta com um frio na barriga, fiquei sem graça.
- A ultima vez que perguntei sobre como se sentia em relação a isso você não soube o que me dizer, então repito a pergunta: Como se sente em relação a mim e ao que desejo com você?
- Eu pensei bastante desde então. Você é uma pessoa incrível, inteligente e me passa segurança. Estou gostando de te conhecer, e amei saber dos seus desejos por mim.
Ele não tirava os olhos de mim, dava para notar a satisfação dele ao ouvir o que eu dizia.
- Acho que então podemos definir algumas coisas a partir de aqui então? Mas primeiro gostaria que você dissesse o que espera de mim, o que deseja? Seja sincera assim como fui com você!
- Eu sempre quis um relacionamento em que eu fosse dominada, disciplinada, mas que também houvesse sentimentos não se limitasse ao BDSM, não sei se me fiz entender!
- Sim, completamente! Você quer mais que um Dono, pelo que entendi você quer alguém que queira também um compromisso a mais. E sim me interesso por isso! Não quero você apenas como submissa, a quero como mulher, como namorada e quem sabe esposa um dia.
Será que isso era um pedido de namoro?
- Uau, você é rápido!
- Na verdade sei bem o que quero também, apenas isso...
- E acho que queremos o mesmo!
Nem creio que completei a frase assim na lata!
Ele levantou, estava no lado oposto da sala, veio até mim, segurou minhas mãos e me puxou para que eu me levantasse. Me levantei, ele me abraçou e me beijou.
- Quero você Beatriz, quero você pra mim!

E assim tudo realmente começou, naquele mesmo dia eu ainda estaria sobre o seu colo recebendo várias palmadas, e eu não fazia ideia do quanto isso seria doloroso e prazeroso!
- E eu quero ser sua!
- Que bom que concordamos, agora precisamos ver se iremos concordar no restante: quero que sejas uma menina obediente, caso contrário poderei te castigar com palmadas, chineladas, cintadas ou com outros instrumentos que eu achar conveniente. Quero que confie em mim para decidir o que é melhor para você, para conduzi-la e orienta-la. Concorda com isso? Tem algo que queira dizer sobre?
Não sabia se estava realmente pronta pra viver tudo aquilo intensamente, mas fato é que eu não queria recusar então aceitei, com um tanto de receio mas disse sim!
- Aceito!
- E sobre as punições, algum limite? Algo que não queira? Este é o momento de definirmos isto, tem medo de algo? Algo que não queira experimentar?
- Eu nunca apanhei antes, então não sei na prática o que não suportaria. Mas cane me assusta um tanto, nos vídeos que vi parece que é a que provoca uma reação maior em quem apanha.
- Cane realmente dói, faremos assim; cane você irá experimentar quando cometer uma falta grave, e depois voltaremos a conversar sobre se será usada novamente.
- Ok, outra coisa, não quero marcas aparentes. Você sabe, moro com meus pais e não quero que vejam marcas em mim, então nada de marcas nas pernas ou braços.
- Sem problemas, deixo para marcar seu bumbum, pois este espero que ninguém veja mesmo!
Senti meu rosto queimar, eu ficava muito envergonhada com a forma que ele falava.
- E você vai ter que aprender a se soltar comigo, não precisa ficar tímida assim!
- Com o tempo vou mudar, pode ter certeza!
- Quero combinar umas coisinhas com você, coisas que quero que você passe a fazer diariamente:
Quero que passe a se alimentar corretamente sem pular refeições e que me diga diariamente o que almoçou e jantou. Todas as vezes que for sair de casa tire uma foto antes do que está vestindo envie para mim e aguarde minha resposta se estou de acordo com o que vestiu. Quero saber todas as vezes que você sai de casa, até mesmo para ir à padaria quero que me peça permissão pra sair. Quero o acesso á sua área de aluno da faculdade, vou monitorar suas notas de perto! Quero que me apresente seus amigos mais próximos, não precisa falar como é nosso relacionamento, me apresente apenas como seu namorado. Mas quero saber com quem você anda.
- Nossa! Só isso?
Perguntei sarcasticamente.
- Por enquanto sim! E não use de sarcasmo ou petulância se não quiser acabar levando umas palmadas, desta vez vai passar em branco, mas tenha certeza que a próxima não!
Não aguentei e comecei a rir, a ideia de apanhar me excitava mas ao mesmo tempo achava a cena um tanto engraçada.
-Então a mocinha achou graça né?
Ele que até agora estava em pé na minha frente, caminhou até o sofá e sentou-se.
- Venha aqui Beatriz, vou te mostrar que não é tão engraçado quanto parece!
Eu gelei, estava ali parada e não sabia bem como reagir. Deveria obedecer e ir até ele ou me afastar mais? Resolvi seguir meus instintos, e recuei!
- Não!
- Não tenha medo, seja boazinha e venha aqui! AGORA!
- Não estou com medo! Mas não vou!
Estava sim com medo, meu coração parecia que iria explodir. Recuei mais um pouco e cruzei os braços, e olhei em seus olhos com tom de desafio!
-NÃO VOU!
Como pude gritar com ele, nem eu sei de onde veio este ímpeto. No mesmo instante ele levantou e veio até mim, me segurou pela cintura, me pegou no colo e me levou até o sofá. Quando me dei conta já estava deitada de bruços em seu colo.
- É Beatriz, já vi que terei um belo desafio pela frente, obedecer não me parece ser o seu ponto forte.
Logo deu a primeira palmada.
- Mas vou ajudar você a superar isso, será um imenso prazer!
- Me solta!!!
- Não mocinha, nem comecei, serão apenas algumas palmadas para você ver que não é tão engraçado quanto pensa, e principalmente para ajuda-la a lembrar de me obedecer quando eu chama-la.
E ele começou a bater em minha bunda com palmadas fortes e alternando os lados. Eu estava morta de vergonha, mas a excitação era imensa também. Quantas vezes eu havia imaginado esta cena, mas é muito diferente sentir na pele. Doia mais que do que eu esperava, então logo comecei a gritar:
- Paraaaaaaa! Isso dói muitoooo!!!!!
Eu tentava me soltar, mas não tinha a menor chance de me livrar.
- Quietinha, não grite não queremos que os vizinhos ouçam não é mesmo?
E ainda tinha essa, os vizinhos! Realmente a ideia de alguém ouvir meus gritos não me agradava.
-Tá não grito mas me solta!!!
- Ainda não!
Terminando de dizer isso ele que até então estava batendo por cima do vestido, levanta a saia do vestido e passa a mão na minha bunda já vermelha das primeiras palmadas.
- Isto está começando ficar bom!
Quase morri de vergonha, não sabia o que estava mais vermelho se meu rosto ou minha bunda.
- Thiago meu vestido não! Me solta!
- Acho que você não está em condições de decidir nada meu amor, quietinha aí que agora você vai experimentar o peso da minha mão de verdade!
Sério que eu ainda não havia experimentado? Minha bunda inteira ardia pelas palmadas que ele havia dado ainda por cima do vestido, sem o vestido protegendo certamente seria pior.
Ele deu a primeira palmada que me fez gritar sem querer!
- AAAAIIIIII!!!!Paaaaaraaaaa!!!
- Shiiiuuuuuuu! Sem escândalo!
E continuou a bater, eu me remexia a cada palmada tentando me soltar ou fazer com que ele errasse o alvo, mas ele acertava minha bunda em cheio. Nem sei quanto tempo durou, mas foi o suficiente pra me deixar dolorida por uns dois dias.
Ele me soltou, eu levantei rapidamente e me afastei ! Minha bunda parecia estar em chamas.
- Será assim sempre Beatriz, respondeu mau, desobedeceu, foi irônica. Seu bumbum irá pagar caro.
Eu não respondi. Apenas respirei fundo e fiz um bico enorme!
Ele me puxou para o seu colo, eu tentei recuar, mas ele me segurou e me sentou.
- Minha menina, agora você é minha menina e eu sei o que é melhor para você! E sei que isso lhe fará muito bem.
E o sábado terminou com nós dois ali juntos conversando, nos conhecendo e descobrindo que tínhamos muitas coisas em comum.